O setor de construção civil em Goiás está carente de mão de obra. É o que sugere pesquisa da Federação das Indústrias do Estado e do Sebrae.
QUAL FOI A CAUSA?
- Baixa remuneração;
- Serviços desgastantes;
- Carga horária puxada
- Oportunidades em outras áreas
- Falta de qualificação;
- Serviços perigosos
- Falta de qualificação ou experiência;
Esses são os principais fatores que contribuem para a escassez na área, segundo estudo divulgado no dia 01 de fevereiro de 2023 pelo Sebrae Goiás e pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).
Os dados, compilados pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás), encomendados pelo Conselho Temático de Relações do Trabalho (CTRT ), da Fieg, em colaboração com o Sebrae (GO), e com o apoio do Sindicato da Indústria do Construção no Estado de Goiás (Sinduscon) e Senai, mostram quais soluções precisam ser implementadas para atrair trabalhadores.
SOLUÇÃO
- Melhores salários;
- Melhores benefícios;
- Oportunidades educacionais e de crescimento;
- Redução de carga horária;
- Automatização de processos; e
- Equipamentos de EPI de alta qualidade.
Sandro Mabel, presidente da Fieg, enfatiza a importância de uma mão de obra qualificada. Segundo ele, a falta de qualificação prejudica a produtividade e a qualidade dos serviços. Assim, é preciso ter uma mão de obra mais qualificada e permanente.
”Já trabalhamos na área da construção civil em várias parcerias e treinamentos junto com o Sebrae. Essa pesquisa nos alertou para uma série de coisas que não estamos fazendo, como por exemplo nas escolas, onde falamos muito de indústria, informática, robótica, mas não falamos de construção civil. Então nós não despertamos o desejo nos alunos de ir para a construção civil”, destaca Sandro Mabel.
“A partir de hoje a qualificação de obra da construção civil vai estar melhorando porque nós despertamos para uma série de fatores”, afirma Sandro Mabel.
MAIS REVELAÇÕES
A avaliação também revela que a informalidade dos trabalhadores é um dos principais motivos do déficit de mão de obra.
São vários os fatores que contribuem para a informalidade, sendo a maioria a auto escolha, a espera de reposicionamento no mercado ou o desemprego.
Em resumo, quem está empregado não está feliz. E quem não tem emprego não consegue ou não quer se qualificar. Isso representa uma grande trava para o crescimento de toda economia.